África: togolês cria primeira impressora 3D a partir de materiais recicláveis
- Edi
- 6 de set. de 2021
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A tecnologia de impressão 3 é tão vasta que há quem pense que a revolução pode ser tão grande para o mundo quanto foi o motor a vapor.
Mas é fundamental que trabalhemos para que esse seja um impacto positivo para o mundo e para todo mundo, e não somente para os mais ricos do planeta.
Essa é a ideia do inventor Afate Gnikou.

Natural do Togo, Gnikou criou a primeira impressora 3D feita totalmente a partir de peças jogadas no lixo – a primeira impressora 3D africana feita de material reciclado.
Nomeada de W.Afate, a impressora criada por Gnikou foi desenvolvida inteiramente a partir itens recuperados de um lixão de Lomé, capital do Togo.
“Esta máquina pode imprimir um monte de coisas como utensílios de cozinha, brinquedos de plástico, ferramentas para artesãos e próteses para hospitais. É a primeira impressora africana obtida a partir da reciclagem e, simultaneamente, uma solução na luta contra a poluição” disse o inventor em entrevista.
Gnikou trabalha com o lixo tecnológico que vêm da Europa e dos EUA, e oferece a esses resíduos um sentido revolucionário.
“O número de impressoras que podemos fazer com o lixo é ilimitado. Há uma grande quantidade de resíduos de computadores em Lomé que chegam diariamente”, diz.
Gnikou inspirado em outro modelo de impressora, trabalhou com uma empresa incubadora para, através de arrecadação de fundos on-line, financiar a sua própria impressora com material reciclado.

A ideia é poder, por exemplo, equipar os cyber cafés do Togo com impressoras 3D, para que as populações possam imprimir utensílios que precisam e, com isso, libertar um pouco ao menos o continente das grandes corporações, e ainda reutilizando material poluente.
“Todo mundo pode fazer a sua própria impressora. Assim, deixamos de depender das grandes indústrias, mudamos o método de fabricação e buscamos um impacto positivo em nosso desenvolvimento”, disse.
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