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  • Foto do escritorEdi

Menina de 10 anos será a primeira a receber orelha criada com ajuda de impressão 3D


Radiyah Miah, uma menina de 10 anos, será a primeira pessoa no Reino Unido a receber uma nova orelha desenvolvida com tecnologia que combina impressão 3D com crescrimento de células em laboratório.


A pequena Radiyah, 10 anos.

Na técnica, uma prótese biodegradável no formato da orelha é criada em uma impressora 3D. Depois, essa estrutura é utilizada como molde para o crescimento de células de cartilagem do paciente em laboratório, dando a elas o formato de orelha.


Com o passar do tempo, a estrutura biodegrável se dissolve e restam apenas as células de cartilagem em formato de orelha, prontas para serem implantadas no paciente. Essa tecnologia faz parte de um projeto de pesquisa onde o governo britânico invetiu 2,5 milhões de libras, o equivalente a R$ 18 milhões.


Células de cartilagem crescendo no molde biodegradável criado pelos pesquisadores britânico

Para os pacientes, o ponto positivo é que, ao invés de um enxerto que implica na retirada de uma grande quantidade de pele e cicatrizes, é necessário apenas uma pequena quantidade de células de cartilagem para que a bioimpressão seja feita. De acordo com os pesquisadores, essa amostra pode ser retirada da parte interna do nariz de Radiyah sem causar prejuízos nem deixar cicatrizes aparentes.


A pequena Radiyah, de Pembrokeshire, Inglaterra, tem uma doença congênita conhecida como microtia, caracterizada por uma má-formação da orelha, no caso dela, a esquerda.


O pai de Radiyah, Rana, disse que o tratamento ajudará a aumentar a autoconfiança da filha. “As meninas gostam de prender o cabelo e furar as orelhas. Ter duas orelhas iguais será uma coisa muito positiva”, disse à BBC.


“Se não fosse por esse tipo de tecnologia, ela teria que fazer um enxerto de pele, o que significaria uma grande cicatriz em seu crânio e também sob a área do seio, de onde eles tirariam a cartilagem. Ao desenvolver a orelha em laboratório, ela ficará sem cicatrizes, o que é maravilhoso”, avalia o pai.

A tecnologia será usada para ajudar pessoas que nascem sem partes do corpo ou vivem com cicatrizes faciais em decorrência de queimaduras, traumas ou câncer. O projeto britânico também examinará o impacto das cicatrizes faciais na saúde mental, analisando dados de pessoas que vivem com esse tipo de diferença.


A pesquisa levará três anos para ser concluída e está sendo conduzida pelo professor Iain Whitaker, presidente de cirurgia plástica da Universidade de Swansea. Dados preliminares mostram aos pesquisadores que pacientes que convivem com má-formação nas orelhas não consideram as próteses plásticas atuais satisfatórias e preferem o modelo criado com as próprias células.


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