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Impressão de órgãos humanos no espaço

A impressão de órgãos humanos parece ficção científica, mas não é.


Diversas companhias de biotecnologia estão trabalhando com diferentes abordagens, que pretendem empregar as próprias células do paciente para preparar tecidos novos.



Astronautas em órbita


Ante uma escassez global de órgãos apropriados para transplante em pacientes com doenças graves, pesquisadores estão considerando a impressão 3D de tecidos vivos como solução - mas, para isso, eles poderão precisar entrar em órbita.


O médico e astronauta da Nasa (a agência espacial dos EUA)Andrew Morgan é um dos responsáveis por pesquisar essa tecnologia.


Como médico na linha de frente do Exército dos Estados Unidos, ele tratou de soldados jovens cujos corpos foram partidos e dilacerados em explosões.


"Presenciei a perda de membros e lesões devastadoras como resultado das explosões", relembra. Acompanhar em tempo real o lento processo de cura e recuperação levou Morgan a pensar se novos tecidos ou até órgãos inteiros poderiam ser simplesmente impressos para substituir partes do corpo lesionadas.

Segundo ele, "a possibilidade de transplantar tecidos feitos com as próprias células dos feridos traria enorme benefícios". Com essa questão em mente, Morgan realizou uma série de experimentos incomuns no ano passado, por vários meses - no espaço.


Em abril de 2020, ele retornou de uma estada de 272 dias na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). Enquanto estava em órbita a 400 km acima da superfície da Terra, Morgan criou tecidos vivos, célula por célula, utilizando uma impressora 3D e um material chamado biotinta.


"Não é como trocar um cartucho de impressora em casa", afirma Morgan, sobre o equipamento utilizado. "Você coloca o cartucho, permite que a cultura se desenvolva e depois remove o recipiente com tecido para análise."

Até aí é simples. Mas existe uma razão por que Morgan e sua colega astronauta Christina Koch conduziram esses experimentos em órbita da Terra.


"Quando você cria uma cultura de tecido com uma impressora 3D na superfície, existe a tendência de colapso da cultura na presença da gravidade", segundo ele. "Os tecidos necessitam de uma espécie de suporte [orgânico, temporário] para manter tudo no lugar, especialmente no caso de cavidades como as câmaras do coração. Mas você não sofre esses efeitos em ambientes com microgravidade e é por isso que esses experimentos são tão importantes.".
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