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Impressão 3D farmacêutica

A impressão 3D farmacêutica é um campo de pesquisa em rápido desenvolvimento nos últimos anos.


Os métodos de impressão 3D mais comumente usados requerem que a droga seja processada em filamentos semelhantes a espaguete, imitando os rolos de resina usados pela impressão 3D industrial.


Os resultados revelaram que, alterando o tamanho dos poros, a velocidade de liberação da droga que escapa do comprimido para o corpo pode ser regulada, assim, o método permite a personalização dos remédios, de forma economicamente viável e ainda possibilita a individualização de doses.



O Spritam, da Aprecia Pharmaceuticals, impresso em 3D, para controlar convulsões causadas pela epilepsia

Lembrando que nem todos os remédios funcionariam bem com este tipo de tecnologia, mas há vantagens a serem consideradas: apesar da superfície mais porosa das pílulas, é possível calibrar a dosagem de acordo com cada paciente, alterando o formato do comprimido e assim muito mais fácil para dissolvê-lo na boca.


No setor farmacêutico, uma das tecnologias mais empregada é a Fused Deposition Modeling (FDM). O objeto é produzido a partir de um desenho 3D digital.


"A impressora utiliza um filamento de polímero termoplástico que passa em um bocal aquecido, derretendo o material, o qual é depositado camada por camada na plataforma, formando o objeto", descreveu Laura Junqueira, aluna de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Saúde da Faculdade de Medicina da UFJF.


Na técnica, o medicamento pode ser incorporado por meio de dois processos diferentes: extrusão a quente ou impregnação. O primeiro método utiliza uma extrusora que fornece calor e pressão para produzir um filamento medicamentoso.



Criança e medicamento impresso em 3D

Uma das etapas da pesquisa inicial foi pedir às crianças para tomarem pílulas de placebo em tamanhos “personalizados”, impressos em 3D. Por serem impressos, elas não possuem uma superfície ou formato tão agradável quanto o de comprimidos ou pílulas industrializadas. No entanto, o formato “rústico” dos medicamentos impressos não parece ter sido um problema para a ingestão, segundo as crianças envolvidas nos testes.


Vários laboratórios já exploram a ideia de imprimir seus medicamentos, mas, aparentemente, a tecnologia ainda não consegue competir com a indústria tradicional. Para se ter uma noção, um laboratório da GlaxoSmithKline consegue fabricar 1,6 comprimidos por minuto; em contrapartida, a impressora 3D produz dezenas ou centenas de comprimidos... por dia.


Levando isso em consideração, a impressão de pílulas pode começar dentro de centros de tratamento e hospitais. Não é uma má ideia iniciar o processo por aí, mesmo que não seja tão rentável. Com o avanço das tecnologias, a esperança é que isso se torne algo comum no dia a dia de tantos pacientes que lutam para ajustar suas doses e terem certeza de que ingeriram a quantidade certa.

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