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Com impressão 3D, designer de MT reconstrói casco de jabuti que perdeu proteção em incêndio

  • Foto do escritor: Edi
    Edi
  • 4 de out. de 2021
  • 2 min de leitura

Usando a impressão 3D a seu favor, o designer Cícero Moraes, de Sinop (MT), reconstruiu o casco de um jabuti que perdeu sua proteção natural após ser vítima de um incêndio em 2015.

Por sua contribuição ao réptil e à ciência, o rapaz entrou para o ‘Guinness Book 2022’ – o livro dos recordes –, já que esta é primeira prótese de casco de jabuti feita em impressora 3D no mundo.





A notícia pegou o designer de surpresa: no início, pensou até que era uma pegadinha. O livro dos recordes foi lançado no último dia 14.


“Só acreditei quando entrei no link oficial e vi o nome do grupo que ajudou na reconstrução. Quando criei o casco não esperava isso. Estava preocupado em saber se a prótese iria funcionar. O medo do insucesso estava presente. Felizmente, deu certo e o estouro midiático foi um bônus que nos trouxe muita honra e alegria”, disse.

Cícero explica que o jabuti ficou muito ferido em um incêndio florestal que tomou partes de Brasília há cinco anos.


Além de ter quase todo o corpo queimado, o animal sobreviveu a duas crises de pneumonia e 45 dias sem comer, antes de ser encontrado pelo grupo de voluntários ‘Animal Avengers’.


Os cuidadores encaminharam o jabuti para um veterinário especialista em animais silvestres. Sem o casco, ele não conseguiria ficar muito tempo no sol, além de estar sempre exposto a ataques de outros predadores.


No veterinário, o jabuti foi batizado de ‘Fred’, em referência ao personagem Fred Krueger do filme de terror ‘A Hora do Pesadelo’. Meses depois, os cuidadores descobriram que, na verdade, o jabuti era a jabuti e passaram a chamá-lo de ‘A Fred’.


“Quando foi resgatada, Fred tinha apenas um restinho de casco, que logo caiu. Ela ficou totalmente desprotegida. Solicitei várias fotos dela e de um jabuti de estimação de um colega de Sinop para fazer o parâmetro. Depois, joguei tudo no computador e fui reconstruindo a volumetria”, explicou.



O designer conta que quando o réptil chegou na clínica, tinha larvas de insetos na região onde o casco foi destruído. Enquanto recebia o tratamento em Brasília, ele preparava o novo casco em Mato Grosso.


“Fizemos a reconstrução a partir das fotos. O mais difícil foi dividir essa próstese em quatro partes. Nunca tínhamos feito isso e não podíamos errar. A impressão 3D foi um processo extremamente complexo”, contou Cícero.

Ao todo, as peças maiores do ‘mosaico’ que reconstruiu o casco de Fred levaram mais de 50 horas para serem impressas. As menores, de 28 a 35 horas. O projeto demorou cerca de um mês para ser concluído.


 
 
 

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