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Bioimpressão

A tecnologia de impressão 3D avança e chega na área de medicina, ou como é conhecida, biomedicina.


A bioimpressão 3D, utilizada para imprimir de tecidos a ossos e até um coração, é realizada com materiais biológicos. As camadas de biomateriais vão se sobrepondo e dando origem a estruturas ou tecidos.


Os chamados biomateriais, ou Bioink, são constituídos de compostos artificiais ou naturais, uma combinação de células vivas como colágeno, seda e nanocelulose.



Processo de bioimpressão. Fonte: Universidade de Rhode Island

Em 2019, pesquisadores Israelenses conseguiram criar, em um projeto pioneiro, o primeiro coração vascularizado do mundo em uma impressora 3D. Nesse processo, foram utilizadas as chamadas bio-tintas, substâncias feitas de açúcares e proteínas que podem ser usadas para impressão 3D de modelos complexos de tecidos.

O coração foi dimensionado para um coelho, mas os pesquisadores estão bem confiantes na produção de corações, como o de humanos, com a mesma tecnologia.


Para tanto, de acordo com os envolvidos na pesquisa, é preciso ainda “ensinar “os corações a se comportarem como parte de um corpo humano, mas isso ocorrerá somente após muitos testes e estudos.




A expectativa dos pesquisadores é de que impressoras de órgãos estejam presentes nos melhores hospitais do mundo dentro de 10 anos.


Empresas de cosméticos como a L’Oréal, investem na área para a criação de tecido adiposo para testes de seus produtos e reduzir o experimento em animais.


A pele artificial também vem sendo utilizada em pacientes vítimas de queimaduras graves, eliminando a necessidade dos invasivos enxertos de pele.


Do mesmo modo, ossos funcionais e ultrarrealistas estão sendo reproduzidos com sucesso.


Discos intervertebrais, por exemplo, podem ser impressos com características normais ou degeneradas. A estrutura do osso do crânio, outro exemplo, é impressa diferente dos ossos em geral. Já os ossos longos podem ser impressos com diferentes quantidades de medula óssea.


As próteses também têm seu espaço. Na Bélgica uma mandíbula artificial foi implantada numa paciente de 83 anos. Ela voltou a respirar, falar e comer um dia depois do implante; numa reconstrução normal seriam dez dias de internação. A prótese foi feita sob medida com titânio, onde o risco de rejeição é zero.



Mandíbula artificial feita com impressora 3D. Foto: Logística Hospitalar

Enquanto a realidade dos órgãos funcionais impressos em 3D vai tomando seu espaço aos poucos, fica cada vez mais claro os benefícios que a manufatura aditiva pode proporcionar à medicina e o problema com a escassez de órgãos doados atualmente.

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